Há de chegar o dia em que o dia será diferente
Em que as cores do dia mudarão, a semana começará de uma forma e terminará de outra
O frio virá e irá
Ao sabor do vento
O calor, idem
O sol sumirá por vários dias, mas eu não ficarei triste
Porque sei que ele vai voltar
E enquanto ele não volta, me aqueço com o amor maior
Eu sei que há de chegar o dia em que o dia será mais feliz
Será cheio, será de amor, de companhias, de sorriso
Será de incomodações também, é claro
Mas até disto sinto falta hoje
Eu apenas torço para que esse dia não chegue tarde demais.
Comecei a questionar o que quero, realmente, no futuro. O que espero, de verdade, que me aconteça no futuro. E a toda vez que penso nisso, a resposta é sempre, absolutamente, a mesma. Não quero nada de valor material - isso acaba e não me fez feliz. Quero o sentimento, quero a entrega, quero as possibilidades. É tão simples. Ainda inatingível, mas tão incrivelmente simples que começo a ter fé que vai acontecer. Vai acontecer.
Eu raramente me arrependo de decisões tomadas. Posso até questioná-las. Mas não me arrependo. Sei que meu caminho não trará buracos tão fundos que eu não possa ultrapassar. Sei que os passos que dou são guiados. Sei que a dor, um dia, vai passar. Sei que a vida vai, sim, melhorar - e muito. Aprendo a cada dia um pouco mais sobre mim, um pouco mais sobre vida, gente, amor, dedicação, paciência. Aprendo que não se pode cobrar do outro a mesma entrega - mas esperar por isso não é errado. Aprendo que tudo faz parte de um plano maior, e que eu sou apenas uma migalhinha perdida em uma enorme toalha branca de renda. Mas que essa migalha, para alguns, faz diferença.
Será que tudo isso é brega demais? Será o cansaço que me deixou assim, frouxa, cafona? Tanto faz. Não me importo.
Escrevi há poucos dias que achava que apenas nos filmes o mocinho largava tudo para ficar com a mocinha. Talvez (tomara) eu esteja enganada. Veremos...
Agora é oficial: eu estou em contagem regressiva. Estou com esperança, uma esperança como talvez nunca tive antes de que vai dar certo. Por isso, estou em contagem regressiva. Sem pressa, sem pânico, sem aflição. Curtindo o que cada dia me dá. Mas em contagem regressiva.
cinco anos depois, o que me pergunto é: terá valido a pena? Eu sofri tanto por nada? Eu abdiquei de tantas coisas por nada? Eu cedi e não verei o mesmo do outro lado? Eu abandonei família, amigos, emprego, a minha terra por acreditar em um sonho e agora vou ver que esse sonho é apenas... um sonho? O amor não foi real? O amor não era grande o suficiente para garantir uma reciprocidade? Será que ao final disso tudo eu ficarei sozinha? Será que tudo em que eu acreditei existia apenas na minha cabeça? Espero, sinceramente, que não. Seria decepção demais.
A verdade é que apenas nos filmes de Hollywood o mocinho larga tudo para ficar com a mocinha. Na vida real, ele se cala.