Somos antíteses, eu e tu. Parecemos fogo e água, tempestade e calmaria, sol e lua. Discordamos, brigamos, flertamos com nossas diferenças, com nossas discordâncias sobre tudo (ou será quase tudo? Porque também temos nossas afinidades. Muitas. Em muitos momentos. Amamos a música e toda a poesia que há. Somos enredados pela sétima arte, nos curvamos à beleza de um por de sôl, nos entristecemos com as desventuras, nos enraivecemos juntos com as injustiças). Mas somos, sim, um casal. Porque o amor não quer sempre concordância. Não quer sempre um sim, precisa de um talvez, e muito de um não. Porque não? Somos antíteses, sim, eu e tu. Mas são as incoerências, são as nossas diferenças, são os nossos gostos divergentes (mas não conflituantes) que nos tornam atraentes um ao outro. Porque o tesão gosta da conquista, precisa da conquista, se alimenta da conquista. E o mar da nossa paixão precisa, sempre, ser caudaloso, senão a graça se perde na praia. Ou não é assim?

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